Por Will
É aniversário da minha mulher. Celebro-o como se fosse meu também. Afinal de contas, sinto-me renascido. Aprendi a conviver com os meus medos e esta noite deixei-os todos bem enterrados, no sótão da alma. Um pouco de felicidade não vai fazer-me esquecer as responsabilidades que me esperam. Trampa, destino, eu sei lá.
– O que é se passa, Will? Estás diferente… – confidencia Linan, enquanto dançávamos à média luz das velas espalhadas pela sala.
– Amo-te, Linan. Não posso imaginar a minha vida sem ti. E é só.
No dia seguinte, quando ela começou a passar mal, não me atrevi a mexer no carro. Liguei antes para um táxi. Tinha tudo planeado. Ou quase tudo.
– Respira, meu amor, respira…
Durante a trajectória, senti o meu rosto e o corpo, quentes. Haveria alguma esperança para nós? Se sim, ela parecia soltar-se pela janela, deixando-me num frio abandono. Tive medo. Mas não podia esconder-me. Era quase impossível disfarçar as lágrimas que subiam pelos olhos. Agarrei-me a ela. O futuro do qual Vallen tanto alertou-me, vinha a galope. Só havia uma forma de alterá-lo. Agora compreendi. Venceria a promessa, sim, mas para isso…
O farol do camião deu-nos um banho de luz, e joguei-me por cima da mulher que amo, amparando-a com o meu corpo. Merecíamos um último abraço.
Cada capítulo deixa-me ansiosa. É mesmo isso que estou a pensar? Oh dear. Esperando pelo próximo capítulo.
Parabéns pela escrita! Gosto muito de ler.
Obrigada querida Agatha. Não sabemos bem se é o que estás a pensar. Será? Hehe. E obrigada por acompanhar esta nave, que está prestes a zarpar (ups, spolier).