Cinema (Filmes / Séries), Opiniões, Resenhas

Cinema| You’ve got this (Ahi te encargo)| Opinião (Review)

Título: You got this (Ahi te encargo)

Direcção: Salvador Espinosa

Género: drama; comédia; família

Elenco: Maurício Ochmann; Esmeralda Pimentel

Ano: 2020

Imagem Fonte: Hagertjourn

Sinopse

Alex, um criativo publicitário quer ser pai a todo o custo, mas a sua mulher é uma advogada no topo da carreira, e ser mãe não faz parte dos seus planos. Um convidado inesperado irá desafiar o amor do casal.

Opinião

“You got this”, ou título original em espanhol, “Ahi te encargo”, é uma comédia mexicana, de 2020, sobre um casal feliz, que entretanto, tem sonhos e filosofias diferentes. É curioso que, muitas comédias recentes da América Latina (como por exemplo o filme “One Small Problem”), têm trazido este debate, com a tendência em inverter os papeis, onde a mulher, no auge da carreira, ou simplesmente por escolha natural, não deseja ter filhos. Por alguma razão, a Netflix está a apostar nestes roteiros, obviamente com uma audiência específica. Se calhar, em jeito de comédia, para mostrar uma realidade presente e mais verdadeira do que se pensa?

Alejandro e Cecília, protagonistas da trama, encarnam um casal regular, com algumas características dos típicos personagens deste tipo de comédias, mas também, com uma postura mais séria, que debatem as suas diferenças. Cecília sempre deixou claro que não deseja ter filhos, facto que, a dada altura, entra em choque com o desejo de Alejandro, que quer ardentemente ser pai. O filme tem alguns bons momentos, mas não é tão memorável, nem eficiente no quesito a que se propõe. Entretanto, houve o cuidado de trazer essa discussão complicada, sem retratar um outro género de forma negativa, pelas suas escolhas. Vale, também, pela representação do empoderamento da mulher, da queda do machismo e pela mensagem sobre os valores que valem num relacionamento (o diálogo e compromisso).

Filme de Domingo, que vale a pena ver se você estiver interessado no tema, mas não necessariamente uma forte comédia.

A nossa pontuação:

3 de 5 estrelas

Confira o trailer no link mais abaixo:

ENGLSIH VERSION

Plot:

Alex, na advertsing creative wants to be a father at all costs, but his wife is a lawyer on the top of her career, and being a mother is not part of her plans. An unexpected guest will challenge the couple’s love.

Opinion

“You got this,” or its original Spanish title, “Ahi te encargo,” is a 2020 Mexican comedy about a happy couple who, in the meantime, have different dreams and philosophies. Interestingly, many recent Latin American comedies (such as the film “One Small Problem”), have brought this debate, with the tendency to reverse the roles, where the woman, in the top her career, or simply by natural choice, does not wish to have children. For some reason, Netflix is betting on these scripts, obviously with a specific target. Maybe, in a way, to show a reality that is present and truer than we think?

Alejandro and Cecilia, the plot’s protagonists, embody a regular couple, with some features of typical characters of this type of comedies, but also, with a more serious stance, who debate their differences. Cecilia has always made it clear that she does not wish to have children, a fact that at a certain point clashes with Alejandro’s desire, who ardently wants to be a father. The film has some good moments, but it is not that memorable, nor is it efficient in what it sets out to do. However, care was taken to bring up this complicated discussion without portraying one or another gender in a negative light, for their choices. It is also worth it for the representation of women’s empowerment, the fall of chauvinism, and for the message about the values that count in a relationship (dialogue and commitment).

Sunday movie, worth seeing if you are interested in the topic, but not necessarily a strong comedy.

Our score:

3 out of 5 stars

Check the trailer here:

https://m.imdb.com/video/vi4088054041?playlistId=tt13118012&ref_=tt_ov_vi

Cinema (Filmes / Séries), Resenhas

Cinema | Living with yourself – Série |– Opinião

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Foto: noticiasetecnologia

Premisa

Living with Yourself conta a história de um homem, que após um estranho tratamento num “SPA”, que garante uma vida melhor, acaba por acordar e descobrir que foi substituído por um clone.

Opinião

No que se refere ao quesito humor, ninguém melhor que Paul Rudd e suas imperdíveis expressões, para arrancar algumas gargalhadas. Nesta produção da Netflix, Paul Rudd encarna um papel duplo, com grande habilidade e mestria. Mas, ao contrário do que se possa pensar, não se trata apenas de uma comédia. Living with yourself consegue retratar de forma comovente, um drama bastante provável na vida de qualquer um de nós.

Já alguém desejou experimentar uma mudança drástica, seguir um caminho diferente, ser outra pessoa? Bem, Miles é um homem insatisfeito e farto da rotina que leva. Nesse contexto, é atraído para um “SPA” que promete transformá-lo numa melhor versão de si mesmo, dando-lhe a promessa de uma vida mais feliz. O que Miles desconhece, entretanto, é que o SPA cria clones, matando os originais. Para o bem da série, Miles original sobrevive.

A princípio, o clone acaba sendo útil para Miles original, pois fica com a rotina mais chata (como por exemplo ir ao serviço) enquanto Miles original deixa-se estar em casa, entretido nas coisas que já não tinha tempo para fazer (como por exemplo, escrever o seu romance). Parece promissor, mas as consequências de haver uma única vida, para duas pessoas, são bastante previsíveis e depressa começam a pesar no Miles original (mais uma vez, ilações sobre consequências inesperadas da tecnologia, como em “Black Mirror” são aqui salientadas).

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Imagem: Hollywoodreporter

Esta série tem o mesmo conceito apresentado na película brasileira “um homem só”, estrelando Vladimir Brichta, todavia, diferente do tom mais escuro do filme, Living with yourself consegue abordar a crise existencial e de um casamento a afundar, sem entretanto tornar-se pesada. A actuação, tanto de Paul Rudd (por sinal brilhante), como de Aisling Bea, é bastante plausível, e o final da primeira temporada deixa as portas abertas para um interessante seguimento. São oito episódios assistiveis numa sentada, com uma narrativa dinâmica que mantém o constante interesse pela perspectiva múltipla dos personagens, e os saltos cronológicos entre o passado e o futuro.

Uma série que vale a pena conferir.

A nossa classificação: 3.5 de 5 estrelas

Cinema (Filmes / Séries), Resenhas

Cinema | Resgate – um covite à reflexão social |Opinião

 

resgate posterTítulo: Resgate

Direcção: Mickey Fonseca, Pipas Forjaz

Elenco: Gil Esmael, Arlete Bombe, Rachide Abdul, Laquino Fonseca e Tomás Bié

Género: acção; drama

Ano: 2019

Sinopse

 

“Resgate centra-se na história de Bruno, que quer mudar de vida depois de ter passado quatro anos na prisão e conhecer finalmente a filha bebé que partilha com Mia. Tenta encontrar, primeiro sem sucesso, um trabalho como mecânico, a profissão em que se especializou. A tia, irmã da sua recém-falecida mãe, arranja-lhe um emprego numa garagem. Mas este novo plano de vida cai por terra quando, sem aviso, o banco ameaça despejá-lo da casa da mãe se não pagar o empréstimo, por ele desconhecido, que ela contraiu antes de morrer. E é aí que vai ter de voltar ao mundo do crime” In O Público

Opinião

Resgate é um filme independente moçambicano, produzido pela Mahla Filmes. Estreou no dia 18 de Julho em Moçambique e foi este mês (Agosto) exibido nos cinemas de Portugal. Pese embora a estreia tenha sido há pouco, a produção do mesmo iniciou já há alguns anos. Ainda lembramo-nos perfeitamente da campanha de crowdfunding lançada há 3 anos, para apoiar o filme. A mesma despertou a atenção e o interesse dos moçambicanos, perante a ânsia que há por mais produções cinematográficas no país. Por esta e outras razões, nós da tripulação do diário de uma qawwi ficamos muito contentes quando o filme finalmente estreou.

Diferentemente de algumas propostas recentemente apresentadas, Resgate não pretende brincar ou testar a paciência do público alvo. Numa mistura de acção e drama, a película é efectivamente bem conseguida, tanto nos aspectos visuais, como no apelo que faz à reflexão social. Há uma extensa carga dramática durante todo o longa, onde problemas acentuadamente conhecidos na socieade moçambicana, como o desemprego, o aceso à habitação, e a discriminação são explorados.

O filme é de certa forma polémico perturbante. Aborda o mundo do crime e da violência, usando como pano de fundo a triste realidade dos raptos que em determinada altura assolaram o país. A arte gráfica da capa é de louvar. Os diálogos e a narrativa são bons, embora em alguns momentos subestimem o telespectador, criando e desvelando informação que no fim, acaba por tornar-se inútil na construção da trama. Há um trabalho requintado nas cenas de luta, no som, e na trilha sonora. Alguns aspectos técnicos poderiam ser refinados, como os efeitos de “fade out”, os quais poderiam perfeitamente ser dispensados. A interpretação dos actores é soberba. O actor que dá corpo ao protagonista Bruno, usa a linguagem corporal de forma eficiente, capaz de transmitir, muitas vezes calado e só pelo olhar, o espectro de emoções conflituosas que carrega o seu personagem.

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Gil Esmael em Resgate (Bruno) – imagem: Blog Mbenga

Em conclusão, trata-se de um filme nacional moçambicano bem escrito e dirigido, o qual deveria incentivar o investimento no cinema, servindo como exemplo para outros projectos. Confira o trailer:

A nossa pontuação: 4 em 5 estrelas

Cinema (Filmes / Séries), Resenhas

Cinema | 3 por cento – temporada 3 – Opinião

Opinião

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Imagem via Netflix

Quem acompanhou as temporadas anteriores de 3% por cento, irá facilmente compreender os motivos de muitos considerarem esta série como a versão brasileira de hunger games. De facto, num universo tão distópico quanto o da referida produção americana, 3º por cento apresentou-se forte e estabeleceu um alto padrão de qualidade, capaz de satisfazer tanto o público alvo, como o menos comum

A 3ª temporada mantém os temas do início. Apesar da ligeira desaceleração e da ausência de algumas personagens chaves, há desenvolvimento de novas narrativas, com uma dinâmica fresca, colmatando estas ausências. Nesta nova fase, Michelle (Bianca Comparato), criou a concha, um sistema alternativo ao do Mar Alto e ao do Continente. O sistema tinha tudo para dar certo, até começar a descarrilar, por causa da natureza humana.

A discussão sobre valores morais, a miséria e a divisão de mundos continua premente. Porém, nesta temporada, onde os personagens são assaz voláteis, somos capazes de ver, de forma interessante, até que ponto a fome é capaz de transformar as personalidades, aflorando o nosso lado mais negro. Se isto é um ponto positivo, deve admitir-se também que houve algum exagero, pois alguns personagens acabam passando a impressão de ter excessiva ambiguidade. Rafael (Rodolfo Valente) e Marco (Rafael Lozano) cresceram bastante nesta fase. Já Joana (Vaneza Oliveira), continua consistente ao que já nos habituou.

Apesar do acréscimo no orçamento para este ano, julgamos que a nível estético os cenários poderiam estar melhor. Já a música seguiu original.

Esta temporada, por certo, mostra um amadurecimento da produção e abre espaço para a continuação da exploração destes temas que tendem a mostrar-se cada vez mais relevantes no mundo actual.

Confira o trailer:

A nossa classificação: 4 de 5 estrelas

Cinema (Filmes / Séries), Resenhas

Cinema |La casa de papel – temporada 3 -Opinião

Opinião

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Imagem via Netflix

Finalmente foi lançada (a 19 de Julho) na Netflix, a nova temporada de La casa de Papel (Money Heist) tão aguardada pelos fãs. Esta sequela não entra de forma tão arrebatadora como as predecessoras, mas depressa amadurece nos episódios seguintes, arrancando o fôlego do telespectador.

A nova temporada centra-se na saga desta corajosa e adorada gangue, que tenta  resgatar Rio, cativo pela Polícia. Para tal, embarcam num novo plano de assalto, liderado pelo Professor (Álvaro Morte).

 A nova temporada também abre as portas para novas personagens, que incrementam a dinâmica do grupo. É feito um incrível trabalho com os flashbacks. Aliás, esta técnica, que permite que a história não siga necessariamente uma sequência, foi sempre bem conseguida nesta produção. A boa notícia é que, por esta via, Berlim (Pedro Alonso) está mais vivo do que nunca.

A trama não difere muito da que foi apresentada antes, com a ferrenha batalha entre a polícia e os ladrões no foco, coadjuavada pelo drama que nasce dos relacionamentos entre os personagens.

O assalto e as motivações, fazem desta a mais cínica e audaciosa das séries. Causa impressão a forma como são retratadas as autoridades, para que o roteiro funcione e haja empatia com relação aos anti-heróis (caso para pensar que a nova inspectora, Alicia Sierra (Najwa Nimri), fria e destemida, ainda vai dar o que falar).

Destaque vai para Nairobi (Agatha Jimenez), que ganhou mais força nesta nova fase e continua com uma sólida interpretação. Denver (Jaime Lorente), o mais emotivo de todos, também segue a brilhar. Temas como empoderamento e o género seguem evidentes nesta nova temporada.

Se você gostou das temporadas anteriores, vai apreciar esta continuação, pese embora possa ficar com uma certa sensação de angústia, visto que, muito ao seu estilo, na história desta gangue, tudo pode dar errado. Nada que um bom desfecho não resolva, aquando da 4ª temporada, ainda sem data prevista para o lançamento.

Confira o trailer:

A nossa pontuação: 4 de 5 estrelas.

Cinema (Filmes / Séries), Opiniões, Resenhas

Cinema | Aladdin – o tapete mágico para uma saudosa viagem | Opinião

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Imagem: Pipocasclub

Título: Aladdin

Direcção: Guy Ritchie

Elenco Principal: Will Smith, Mena Massoud, Naomi Scott, Nasim Pedrad

Género: Fantasia; Romance; Live-action; Musical

Ano: 2019

Sinopse

Um jovem humilde descobre uma lâmpada mágica, com um gênio que pode conceder-lhe 3 desejos. Agora, o rapaz quer conquistar a jovem por quem apaixonou-se, desconhecendo o facto de que a mesma é a princesa do reino. Com a ajuda do gênio, ele tenta passar-se pelo Príncipe Ali, para conquistar o amor de Jasmine e a confiança do sultão.

 Opinião

Deste lado somos da geração que até hoje guarda na memória cada diálogo e canção deste que é um dos clássicos mais bonitos da Disney. Não é assim de surpreender, que estivéssemos muito curiosos com relação a esta live-action, quando não para conferir as impressões inicias, para matar as saudades desta animação. E é isto que o filme proporciona: uma agradável viagem pelo tempo, no tapete mágico das lendas árabes. Todavia, embora tente manter-se fiel ao clássico, com as devidas (e necessárias) adaptações, o filme acaba por perder parte do glamour e do brilho da animação original. O que terá acontecido com os elefantes, os camelos, os mamíferos raros e toda a pompa que acompanha a grande entrada do príncipe Ali? E o ambiente idílico, com direito a passagem por magníficas garças e pelas pirâmides de Gizé, na canção “a whole new word”? Pode ter sido deficiência dos efeitos CGI ou meramente, alguma falta de esmero nesses detalhes?

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Olhando para os personagens, ficamos, honestamente, deveras desiludidos com a escolha para Jasmine. Nada contra Naomi Scott, que provou ser uma excelente actriz, à altura desta nova personagem, ávida por direitos iguais e empoderamento. Excepto, entretanto, que em nada ela parece a Jasmine da animação. Marwan Kenzari, tão pouco esteve à altura do carismático Jafar. Na verdade, Kenzari está extremamente fraco, demasiado sério, e nada vilanesco. Mas também, convenhamos, seria difícil conseguir trazer na plenitude a elegância do clássico vilão. Fora estes senões, há aspectos dignos de apreciação.

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Imagem: portalapmais

A interpretação de Will Smith é das mais originais e rende à película diversas cenas engraçadas e inesperadas, fazendo justiça à personagem da animação, vivida em voz pelo saudoso Robin Williams.

Por outro lado, apesar de não ter a mesma energia do Aladdin original, Mena Massoud transmite sensibilidade e charmes únicos, fazendo deste ladrão generoso um personagem muito querido. Mena revela-se assim, uma escolha bastante apropriada. É fácil temo-lo como o Aladdin da vida real.

As canções do filme estão soberbas, com destaque para novos hits, incluindo “Speechless”, que tem uma belíssima interpretação de Naomi Scott. Em resumo, é um bom filme, que apesar de ficar algo aquém da animação, vai entreter e encantar os amantes de Aladdin.

Confira o trailer:

A nossa classificação: 4 de 5 estrelas

Cinema (Filmes / Séries), Lançamentos!, Opiniões, Resenhas

Cinema|Avengers – Endgame (o inexplicável e inevitável) |Opinião

Título: Avengers: Endgame

Direcção:Joe Russo, Anthony Russo

Elenco Principal: todos os avengers

Género: Acção, aventura, fantasia, fantasia científica

Ano: 2019

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Imagem: BGR

Sinopse:

Nos eventos de Avengers – Infinity War, Thanos conseguiu deixar o universo em ruínas. Agora, os Vingadores remanescentes, irão juntar-se e aliar forças para desfazer as acções de Thanos e restaurar a ordem no universo, de uma vez por todas.

Opinião:

(SEM SPOILERS)

Estreou ontem Quinta-Feira (25.04.2019).

Os directores da película apelaram aos fãs que evitassem spoilers. Embora tenhamos muitos comentários e questionamentos, estes ficarão por ser feitos, em respeito aos que ainda não viram o filme. Portanto, a nossa opinião será breve e sem spoilers.

A projecção do filme no cinema rendeu inúmeras palmas da audiência. Muito mais do que às vezes acontece num show ao vivo. Tal por si só, compensou a experiência. Afinal, é um encerrar, gigante e épico, de mais de 6 anos de história dos avengers, numa jornada verdadeiramente única. A trama começa leve, mas desenrola como tempestade, revelando gradualmente plot twists (alguns há muito aguardados) e um elenco cheio de surpresas. A trilha sonora está lá. Talvez seja boa, mas acaba sendo engolida pelas cenas que roubam completamente a atenção do telespectador.

É bem possível, entretanto, que o filme deixe os seguidores divididos. Será que este inevitável desfecho, faz justiça à saga inteira e ao desenvolvimento dos personagens que foram cuidadosamente construídos ao longo dos anos? Se por um lado era necessário, e tal desfecho foi executado de forma arrebatante, não achamos coerência nenhuma nas teorias mal justificadas que foram apresentadas como suporte para o grande “endgame”. E mesmo assim… foi inevitável: aplaudimos a película durante a noite inteira.

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Imagem: Marvelstudio; Digitalspy

A nossa classificação: 4 de 5 estrelas

Confira o trailer:

(por VF – da tripulação)

Cinema (Filmes / Séries), Lançamentos!

Lançamentos 2019 – os 10 filmes mais esperados do ano!

 

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Nunca erramos nos prognósticos. Quer dizer, não muito. Por isso, na resenha desta semana, vamos falar de alguns filmes que seguramente são ansiosamente aguardados pelos fãs na lista de estreias de 2019. A lista é vasta, mas por hoje apostaremos em apenas 10. Vamos conferir?

10. Us

Director: Jordan Peele

Elenco: Lupita Nyong’o, Elizabeth Moss, Winston Duke, Tim Heidecker, Shahadi

Wright Joseph, Yahya Abdul-Mateen II

Os filmes com a participação de Lupita Nyong’o tendem a ser aclamados pela crítica. Este não foge à regra. Já com uma certificação de 100% no Rotten Tomatoes, a trama conta a história de um casal que leva os filhos de férias para uma casa de praia, e, de repente, vê a tranquilidade transformar-se em terror quando chega um grupo de estranhos maléficos, fisicamente idênticos a eles.

Estreia nos cinemas: 22 de Março de 2019

9. John Wick 3 – Parabellum

Director: Chad Stahelski

Elenco: Keanu Reeves, Halle Berry, Ian McShane, Laurence Fishburne, Anjelica Huston

Os bons regressam sempre. É o caso de John Wick. Ainda em fuga depois do ocorrido em Santino D’Antonio, John Wick luta para sair de Nova York, com ajuda de uma hitwoman (Halle Berry) que ainda confia nele.

Estreia nos cinemas: 17 de Maio de 2019

8. Men in Black International

Director: F. Gary Gray

Elenco: Tessa Thompson, Chris Hemsworth, Liam Neeson

E por falar nos bons, apesar de Will Smith e Tommy Lee Jones não estarem presentes nesta película, voltaremos a mergulhar no universo de Men in Black, só que desta vez bastante expandido, e com a participação de Chris Hemsworth e Tessa Thompson, que já contracenaram antes em Thor.

Estreia nos cinemas: 14 de Junho de 2019

7. Turma da Mónica – Laços

Director: Daniel Rezende

Elenco: Bianca Villar, Cássio Pardini, Charles Miranda, Cao Quintas, Karen Castanho

Quem nunca vibrou com a turma da Mónica? Na verdade, o universo mágico de Mónica, Cebolinha, Cascão e Magali, encanta crianças e adultos até hoje. Se pelo mundo ainda abundam revistas em quadrinhos e animação, é a primeira vez que eles encarnam actores reais. Na história, Cebolinha desenvolve um plano infalível para resgatar o seu cãozinho desaparecido, mas para isso vai precisar da ajuda dos seus fiéis amigos.

Estreia nos cinemas: 27 de Junho de 2019

6. It – Parte 2

Director: Andy Muschietti

Elenco: Jessica Chastain, James McAvoy, Bill Hader, Bill Skarsgård

27 anos depois (dentro da história), Pennywise o palhaço perverso, agora mais cruel que nunca, volta para infernizar o clube dos perdedores (desta feita tornados heróis adultos). Este é um dos filmes que não demorou nada a ganhar uma sequela.

Estreia nos cinemas: 6 de Setembro de 2019

5. Downtown Abbey

Director: Michael Engler
Elenco: Hugh Bonneville, Michelle Dockery, Maggie Smith, Elizabeth McGovern

Os fãs da série Downtown Abbey certamente vão apreciar esta película que é uma espécie de continuação.

Estreia nos cinemas: 20 de Setembro de 2019

4. Frozen 2

Director: Chris Buck, Jennifer Lee

Elenco: Kristen Bell, Idina Menzel, Josh Gad

Outro filme que vai ganhar uma continuação é o estrondoso sucesso “Frozen”. Nesta segunda parte, Ela, Anna, Kristoff e Olaf vão envolver-se numa nova aventura para descobrir a verdade sobre um antigo mistério relacionado ao seu reino.

Estreia nos cinemas: 22 de Novembro de 2019

3. Lion King

Director: Jon Favreau
Elenco: Donald Glover, Beyoncé Knowles, Seth Rogen, Chiwetel Ejiofor, James Earl Jones, Alfre Woodard

Se o “ciclo da vida” não tem fim, também não tem fim a nossa paixão por este clássico imortal. Quem já teve a oportunidade de espreitar algumas cenas, diz que devemos  preparar-nos para ficar de queixo caído com esta adaptação e as vozes arrebatadoras que traz.

Estreia nos cinemas: 19 de Julho de 2019

2. Aladin

Director: Guy Ritchie
Elenco: Will Smith, Naomi Scott, Nasim Pedrad, Mena Massoud

Os fãs podem ter ficado desgostosos com a aparência azul de Will Smith, que interpreta o génio da lâmpada, mas tal não diminuiu as expectativas a volta deste outro clássico da Disney transformado em live-action. Estão todos ansiosos para saber como será a interpretação de Smith e para ouvir os grandes temas que ambientam as “noites árabes” de Aladin.

Estreia nos cinemas: 24 de Maio de 2019

  1. Avengers: Endgame

Director: Joe Russo, Anthony Russo

Elenco: todos os avengers

Neste decisivo “endgame”, os fãs finalmente vão saber: depois dos eventos da guerra infinita, qual avanger regressará, e quem foi exterminado de vez por Thanos? Quem continuará nas futuras franquias? O filme estreia já no final deste mês (Abril).

Estreia nos cinemas: 26 de Abril de 2019

 

 

 

Cinema (Filmes / Séries), Opiniões, Resenhas

Cinema | amores interplanetários, inter-raciais e interculturais

Como o diário de uma qawwi está num mês bastante cor de rosa, decidimos nesta resenha explorar as histórias de romances interculturais e inter-raciais. Ninguém melhor do que a própria qawwi, que é uma ET do planeta Stefanotis, e Will, que é um humano do planeta terra, para falarem de diferenças interculturais e interplanetárias quando se trata de amor, não é verdade? Mas há alguns filmes que também conseguem celebrar esta diversidade com bastante estilo, mostrando o óbvio: somos todos diferentes, mas somos todos iguais. Vamos conferir o nosso top 10?

10. Avatar (2009)

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Aclamado pela crítica, este filme de ficção científica dirigido por James Cameron ocorre no futuro (2154) e é baseado num conflito em Pandora, um planeta que orbita o sistema Alpha Centauri. Neste planeta, os colonizadores humanos e os Na’vi, nativos humanoides, entram em guerra pelos recursos do planeta e a continuação da existência da espécie nativa. No meio disto tudo, nasce o amor entre um humano e uma Na’vi.

Trailer:

https://www.youtube.com/watch?v=5PSNL1qE6V

9. Thor (2011)

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O romance entre deuses (deusas), semi-deuses e humanos(as) sempre foi amplamente explorado pelo cinema e pela literatura. A mitologia nórdica, por exemplo, inspira alguns filmes do universo Marvel, como Thor. No início desta longa saga, Thor é um deus irresponsável que acaba sendo banido de Asgard, a sua terra natal. Ao tentar recuperar o seu martelo e voltar para casa, conhece a cientista Jane, uma simples humana. Asgard e o planeta Terra estão em dimensões completamente diferentes. Pode o amor entre o deus e a humana sobreviver?

8. Something new – Algo Novo (2006)

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Com dois actores cheios de química, esta belíssima comédia romântica foca-se não apenas num relacionamento inter-racial, como nos valores culturais, sociais e tradicionais de algumas famílias afro-americanas.

Trailer:

7. Guess who – A Família da Noiva (2005)

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Percy Jones, um homem negro e de personalidade forte, fica contrariado ao saber que a sua filha, Theresa, está noiva de um homem branco. Guess Who é um remake de Guess Who is coming for dinner (1967), mas ao contrário da versão original dramática que era uma crítica social à época, Guess Who de 2005 retrata de forma bem humorada a vida de vários casais, numa comédia de encher o coração de gargalhadas.

Trailer:

6. Save the last dance – Ao ritmo do hip-hop (2001)

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A trama relata a história de Sara Johnson, uma jovem que sonha em ser uma bailarina de balé. Ao chegar à Chicago após a morte da mãe, Sara ingressa numa escola frequentada maioritariamente por estudantes negros. Nessa escola, conhecerá Derek Reynolds, pelo qual apaixona-se e quem a ensinará a dançar hip-hop.

Trailer:

5. Bride and Prejudice – Noiva e Preconceito (2005)

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Baseado no livro de Jane Austen, Orgulho e Preconceito, Bride and Prejudice é uma mistura de Bollywood e Hollywood, que traz a história de Lalita Bakshi, uma jovem indiana que vive em Amritsar, e de Will Darcy, um estrangeiro que Lalita conhece numa festa. Lalita acha o Sr. Darcy muito arrogante por desrespeitar a cultura indiana. Resta saber se essa impressão permanecerá para sempre.

Trailer:

4. My Greek fat wedding – Casamento Grego (2002)

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Toula Portokalos (Nia Vardalos) é grega. Ao ter aulas de informática numa universidade, acaba por apaixonar-se por um professor de inglês, que é completamente o oposto do desejo de seu pai, ou seja, um genro grego.

Trailer:

3. The Little Mermaid – A Pequena Sereia (1989)

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Baseado num dos contos de Hans Christian Andersen e produzido pela Disney, a animação traz a história de Ariel, filha mais nova do Rei Tritão, comandante dos sete mares. Ariel sempre teve curiosidade sobre a vida dos humanos, mas é proibida pelo pai de aproximar-se destes, pois segundo o rei Tritão, os humanos sao bárbaros.

Na actualidade, Ariel talvez não seja exactamente um bom modelo para as jovens, já que em nome de um amor ela vende a própria voz e perde a sua essência. Porém, há muitas razões para assitir-se a esta animação, inclusive a mensagem de que o amor vence as diferenças entre mundos opostos, e a soberba música do filme, que até hoje anima crianças e adultos no mundo inteiro.

Trailer:

2. Pocahontas (1995)

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Clássico querido pelos amantes da Disney, faz um retrato ficcional do encontro histórico de Pocahontas com o inglês John Smith e os colonos em Jamestown que chegaram a partir da Virginia Company.

Trailer:

  1. Bend it like Beckam – Joga como Beckam (2002)

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Com uma maravilhosa trilha sonora (e a estreia de Keira Knightley, hoje grande atriz), este filme é acima de tudo, um caso típico de girl power. A película narra a história de uma família indiana que vive em Londres e tenta educar, de maneira tradicional, a filha que é apaixonada por futebol, revelando um intenso choque de culturas. Quando Jess é forçada a fazer a escolha entre a tradição e o seu amado desporto (e tambem o bonitão treinador inglês), a sua família terá de decidir se permitirá que a filha faça da vida uma corrida atrás de uma bola de futebol.

Trailer:

Cinema (Filmes / Séries), Opiniões

Cinema | 8 filmes para quem decidiu pôr o anel

O casamento é uma das decisões mais importantes que um ser humano toma ao longo da sua vida. Afinal, trata-se de escolher com quem vai-se partilhar uma vida inteira e essa escolha pode ser a estrada para um sonho ou para um pesadelo. Não é por acaso que a indústria cinematográfica explora profundamente esta matéria, expondo o lado divertido, dramático ou trágico da coisa. Nota-se, porém, uma certa tendência de os filmes deste género possuirem uma característica previsível, com uma mulher perseguindo o sonho de colocar o vestido branco e um homem relutante em subir ao altar.

Este mês, como já devem ter reparado, é particularmente especial, pois casa-se a nossa qawwi. Com um humano. Inspirados por este inesperado evento, decidimos partilhar com vocês, alguns filmes que, dentro do tema, tentam explorar outros aspectos além do simples “casar”, fora das ideias padrão impostas pela sociedade, servindo assim de inspiração para buscar bases sólidas para o amor. Vamos conferir?

8. Até que a sorte nos separe 3: a falência final – 2015

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A comédia até que a sorte nos separe, é uma trilogia brasileira que conta a história de Tino, um homem que ganhou, e tão facilmente perdeu dinheiro. Nesta terceira parte da saga (a falência final), a filha de Tino fica noiva de um jovem de família de classe alta, mas Tino, cheio de orgulho, decide que irá arcar sozinho com os custos da cerimónia de casamento. Visto que não tem dinheiro para tal, ele aceita uma oferta de emprego na agência do seu compadre. Como era de esperar-se, Tino consegue, mais uma vez, perder dinheiro. Só que desta vez, Tino não leva apenas a agência do compadre à falência. Ele “arruina” também o próprio Brasil. Com este desastre e sem confessar que está falido, Tino continua a empreitada de tentar financiar um casamento de luxo para a filha. Uma comédia mediana, mas com um óptimo roteiro à volta de reflexões políticas e familiares.

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7. Rachel Getting Married (o casamento de Rachel) – 2008

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O filme conta a história de Kym (Anne Hathaway) que sai de uma clínica de reabilitação e visita a família por ocasião do casamento da sua irmã Rachel. Os conflitos e o passado de Kym e da família acabam sobressaindo durante os preparativos da cerimónia. O filme aborda o valor do perdão e da superação. Por outro lado, retrata ao pormenor, a organização de uma cerimónia simples e invulgar, e a tradição americana do rehearsal dinner (jantar de ensaio). Entretanto, a angústia e os eventos familiares vividos no filme têm uma intensa carga emotiva que acabam inevitavelmente por arrancar-nos algumas lágrimas.

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6. When we first met (Quando nos conhecemos) – 2018

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Inconformado com o noivado e casamento de Avery, aquela que ele acredita ser a mulher dos seus sonhos, Noah recebe uma inesperada chance de viajar no tempo e alterar a noite em que a conheceu, tentando assim mudar o destino.

Apesar de a trama estar mais voltada à temática sobre viagens no tempo, a comédia faz-nos pensar sobre as nuances das nossas escolhas, e sobre o que é que, de facto, leva-nos a acreditar que é “aquela pessoa” com quem queremos partilhar uma vida inteira.

5. Monster in Law – Uma sogra de fugir (2005)

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Mais do que um esposo, ou uma esposa perfeita, há que analisar-se a dinâmica das relações entre mães e filhos, sogros, noras e genros. Que Jennifer Lopes não nos deixe dizer o contrário, nesta comédia que retrata tal dinâmica.

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4. My Greek fat wedding – Casamento Grego (2002)

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Toula Portokalos (Nia Vardalos) tem 30 anos, é grega, e ao contrário do sonho do seu pai, que é que ela arranje um bom marido grego, ela quer algo mais na vida. É ao ter aulas de informática numa universidade, que acaba por apaixonar-se por um professor de inglês, que é completamente o oposto do desejo de seu pai, ou seja, um não-grego. My Greek fat wedding não é apenas uma linda comédia romântica que explora uma relação intercultural. Ela ensina de forma bem humorada como aceitar diferenças.

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3. Guess Who (A família da noiva) – 2005

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A trama principal é de Theresa e Simon, que enfrentam dificuldades pelo facto de Percy Jones, pai de Theresa, não ficar contente em ter um genro branco. Porém, a trama secundária também promete. Afinal, os pais de Theresa estão a preparar-se para celebrar 25 anos de casados. São os votos que Percy não consegue escrever, é Percy que quer minimizar os gastos com a cerimónia… parece familiar?

2. Mamma Mia – 2010

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Este musical com temas dos Abba (num cenário colorido proporcionado numa ilha da Grécia), segue a jovem Sofia e o seu desejo de ter o (desconhecido) pai, ao seu lado, para levá-la ao altar no dia do casamento. Mais do que os preparativos da festa de casamento, a história aflora a descoberta de segredos de família, resgate de amores e relacionamentos do passado, e sobretudo a realização de sonhos.

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  1. The Wedding Party (2016)

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Desde os trajes coloridos, as amigas cúmplices da noiva, as tias que cantam com entusiasmo, os amigos malandros do noivo, os familiares penduras sem convite, o buffet que não é suficiente… tudo nesta película parece bastante verosímil no retrato de um casamento numa sociedade africana. Esta produção nigeriana (Nollywood), exibida pela Netflix, vai animar qualquer pessoa, seja ou não de cultura nigeriana / africana. Óptima aposta para quem sentir o coração leve e conhecer outras culturas.

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